“Era uma vez uma cidade de belezas mil, com um povo de alegria sem fim. Esse povo vivia em harmonia, nada tirava sua paz. Até que então...”.
Vivemos um quadro crítico. Não há mais condições para que um cidadão possa conduzir sua vida normalmente. O Estado pouco faz. Faltam ações sociais que possibilitem uma maior interação entre o poder público e a população. Esse “espaço vazio” criado pela ausência do Estado nas comunidades cariocas faz com que o crime organizado-que de organizado não tem nada- ganhe espaço.
Devido às precárias condições de vida encontradas nas comunidades carentes do Rio de Janeiro, jovens que deveriam estar cursando a escola, ingressam na vida do crime. Infelizmente, muitos desses, nem mesmo, atingem a maioridade. Essa escolha de entrar no submundo do tráfico é revestida, com um misto de esperança e busca por poder.
Enquanto, nas favelas cariocas, esse quadro cíclico e diário não se cansa de repetir, o Estado, milagrosamente, pensa numa forma de acabar com esse transtorno para a alta sociedade carioca. A grande cúpula se reúne. Pronto, já está decidido, a ordem agora é: tirar os traficantes de suas favelas e “pacificar” o povo que ali restou.
“Até que, então, bárbaros, erguendo suas armas, travam uma batalha sem um fim prévio. Um verdadeiro duelo de Titãs: de um lado a criatura, e do outro o criador. E ainda assim o Rio continua lindo...”.
Dedicatória : Pequena